que se abram os olhos!
pois já trataram de fechar as cortinas.
e tudo é feito nos mínimos detalhes;
nos carregam vendados,
aos pares.
de azul e rosa, meninos e meninas,
para o quarto ao lado.
sem luz, o segundo ato.
ainda se ouve o barulho das esquinas,
o bater do aço com o aço
todos gordos e fartos - reduzem todo espaço
mas jamais poderiam impedir o lastro
o som da revolta dos que vêem
vêem a história que se repete, cada traço
muito pior do que abrir os olhos e enxergar o horror
é fechá-los para fingir que não há o que ver.
é calar-se, abrindo mão de ser;
consentindo, não fazendo guerra ao terror.
por isso, repito: abram os olhos!
pois já trataram de fechar as cortinas.
Tempo é domínio; usado para o que se tem fascínio, mesmo que quando menino. Por isso é no ônibus, entre a ilha e o continente, que escrevo sobre o que me faz contente.
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